sábado, 6 de outubro de 2012

9 Meses sem Sexo: Um Problema! - Parte 5


Eu estava cada vez mais orgulhoso e apaixonado pela minha princesa. Ela mostrava-se perfeita em todos os momentos e estava ficando cada vez mais difícil pra mim, enxergar defeitos nela. Ainda estou meio besta pela atitude dela ao enfrentar o idiota Sterling. Só ela pra fazer algo assim. Ainda de manhã, o director tinha nos chamado à sala dele para conversamos sobre o que tinha acontecido no dia anterior. Ashley seria suspensa, o que significa que ela não irá ao baile de formatura e Sterling ficará com o mesmo castigo. Demi não quis que o director mudasse suas decisões. Ela só queria acabar com essa história de uma vez. Apesar de eu achar que eles mereciam castigo pior que esse.


Depois disso Nick convidou-nos para fazer o tal encontro duplo com a ‘gatinha’ dele. Demi não queria muito ir por ficar cansada facilmente, mas eu a convenci quando disse que iríamos embora cedo. E agora estávamos a caminho do médico de família dela. Finalmente iríamos ter a certeza de como as coisas seriam daqui pra frente.

(...)

Carter: Boa tarde Demetria. Que bom ver você. Como está? - perguntou enquanto apertava a mão dela e a minha em seguida. Ele parecia já ter uma certa idade. E parecia bem experiente.

Demi: Estou bem doutor Carter. - ela estava tentando aparentar uma calma que não tinha. Eu sabia que ela estava nervosa. Sinceramente não sabia dizer quem estava mais nervoso ali. Se era ela ou se era eu.

Carter: E esse rapaz. - falou sorrindo pra mim. - seu namorado?

Demi: É sim. - disse com orgulho. Dei minha mão esquerda a ela que agarrou prontamente e entrelacei nossos dedos. Queria lhe transmitir confiança. Ela não estaria sozinha nunca.

Joe: Sou Joseph Jonas. - me apresentei.

Carter: Prazer em conhecê-lo senhor Jonas. Sentem-se. - disse indicando as cadeiras de frente para a mesa dele. Deixei que Demi se sentasse e me sentei de seguida. Voltei a dar minha mão a ela. - O que posso fazer por vocês?

Demi olhou pra mim e eu vi o nervosismo em seus olhos. Apertei mais nossas mãos e sorri pra ela. Nós tínhamos que fazer aquilo.

Demi: Eu estou grávida. - sua voz era calma, mas ao mesmo tempo era assustada. Acariciei sua mão com meu polegar.

Carter: Grávida? - perguntou surpreso. Demi apenas assentiu. - Imagino que você seja o pai. - disse olhando pra mim. Assenti. Seu olhar não me incriminava. Pelo contrário. Era um olhar até compreensivo. - Por opção ou descuido?

Demi: Descuido. – respondeu baixo.

Carter: Eu vou fazer uns exames em você, mas preciso de saber mais algumas coisas. Uma delas não me compete exactamente a mim, mas eu preciso de saber antes de continuar.

Jemi: Tudo bem. – respondemos juntos. Eu não teria problemas em falar o quer que fosse desde que tivesse a certeza de que meus dois amores ficariam bem.

Carter: O que vocês pretendem fazer com esse bebe? Pretendem tê-lo? Criá-lo?

Joe: Sim. - falei sorrindo. Olhei pra Demi e ela sorriu. - Nós queremos cuidar dessa criança que está por vir com muito amor e carinho.

Carter: Vejo que já decidiram o que fazer. - comentou sorrindo. - A maioria dos jovens da vossa idade, ficam no mínimo sem saber o que fazer. Não é uma idade certa para ter filhos. Existem uma série de riscos. Alguns deles, vocês não devem ter conhecimento. Mas é pra isso que eu cá estou. Pode vir comigo até à sala de exames Demetria?

Demi: Claro. - concordou se levantando.

Joe: Eu posso ir junto? - minha voz me denunciava. Eu estava nervoso.

Carter: Se a futura mamãe aqui não tiver qualquer objecção, não vejo problema algum nisso. - sorriu.

Demi: Vem. - estendeu a mão pra eu segurar.

(...)

Carter: Demi, pode ir naquele banheiro ali e tirar sua roupa. Veste esse roupão e depois volta, ta bom? - Demi assentiu, pegou o roupão e foi até o banheiro que o doutor indicou.

Eu estava sentado numa cadeira que ficava ao lado da poltrona em que Demi iria deitar. Do outro lado estava o doutor e alguns aparelhos que eu nunca vi na minha vida. Meus cotovelos estavam apoiados em meus joelhos e minha cabeça apoiada na palma da minha mão. Meu joelho direito não parava de tremer. Eu estava enlouquecendo de ansiedade.

Carter: Joseph... - chamou. Eu olhei pra ele e ele puxou uma cadeira pra perto de mim. Sentou-se e falou. - você vem certeza de que quer isso? Tem a certeza de que está preparado para ser pai?

Joe: Todos nós estamos preparados para sermos pais. A questão está em sermos bons. - disse vendo-o sorrir.

Carter: Você é um garoto inteligente. - concluiu.

Joe: Eu amo essa mulher doutor. Amo com toda a minha alma e meu coração. Eu não quero que nada de mal lhe aconteça. Eu vou estar ao lado dela em todos os momentos.

Carter: E posso arriscar dizer que ela o ama também. Conheço Demetria desde que ela era pequenina e nunca a vi com os olhos tão brilhantes como agora. Você faz bem a ela. Mas ela ainda é bastante nova para ser mãe. E estou falando a nível físico. Ela ainda não está totalmente pronta para todas as transformações que vai ter. Ela vai ter momentos difíceis e você tem que estar do lado dela.

Joe: E vou. Estar ao lado dela é o que eu mais quero. – afirmei.

Carter: Um conselho que eu dou a você: seja compreensivo. Mulheres grávidas são muito sensíveis. E o humor delas pode mudar constantemente. Não é fácil para um homem lidar com isso. Mas também não será o fim do mundo.

Joe: Você refere-se também a desejos e ataques de carência? – perguntei lembrando da carência dela hoje de manhã.

Carter: Sim. Isso depende de mulher pra mulher. Umas têm mais e outras nem por isso. Mas convém que você saiba o que pode estar por vir.

Joe: Tudo bem. Obrigado doutor. – agradeci sincero.

Ele apenas assentiu e levantou para voltar ao que estava fazendo. Quando Demi saiu do banheiro ela sorriu pra mim. Mas eu sabia que era um sorriso forçado. Ela estava nervosa. Levantei, sorri e estendi minha mão pra ela. Ela veio até mim e eu dei-lhe um selinho.

Joe: Vai dar tudo certo princesa. – disse baixinho encostando minha testa na dela.

Demi: Obrigada por estar aqui comigo. – suspirou.

Joe: Te amo.

Carter: Demetria, pode se deitar por favor. Vamos começar com algumas perguntas básicas.

Demi se separou de mim e foi até à poltrona. Ajudei-a a subir e puxei minha cedeira pra mais perto dela. Ela deitou e eu juntei minha mão à dela rapidamente. O doutor Carter sentou na outra cadeira virada pra nós e tinha uma prancheta no colo e uma caneta. Ele começou com perguntas que ele achava básicas. Eu não sabia que era preciso saber aquilo tudo. Era louco. Ela teve eu falar de há quanto tempo iniciou a vida sexual, quanto tinha de atraso em sua menstruação, que sintomas teve, se fez teste de farmácia ou exame de sangue e mais um monte de coisas. Fez perguntas a mim também. Perguntou se eu estava habituado a ter parceiras diferentes antes de Demi ou se foi só ela. Perguntou se eu usava sempre protecção. E perguntou sobre doenças sexualmente transmissíveis. Respondi tudo direitinho e sabia que Demi estava se controlando pra não rir da minha cara. Ele apontou tudo na ficha hospitalar dela.


Carter: Eu acredito que vocês tenham muitas dúvidas, mas antes de respondê-las vamos fazer uns exames de sangue. Tudo bem Demetria? – ela assentiu e ele preparou uma seringa e dois tubinhos. Ambas as coisas descartáveis. Ele começou a prepará-la e foi explicando enquanto fazia. – Esses exames de sangue vão servir para duas coisas. Uma delas é ter a certeza de que você está grávida. Esses testes de farmácia quase nunca se enganam, mas existe uma percentagem de erros. A segunda coisa é para saber como está seu organismo. Pelo que vejo você está bem saudável, mas é importante saber o que se passa aí dentro. É mais para haver um controle sobre possíveis doenças e infecções.

Eu e Demi ouvíamos tudo atentamente enquanto ele enchia os tubinhos de sangue. Pensei que Demi fosse daquelas meninas que têm medo de agulhas, mas ela simplesmente deixou que o doutor tirasse o sangue e pronto. Ela é diferente das outras. Como eu venho sabendo desde o início. Ainda me lembro de quando ela me pediu pra fazer amor com ela. Estava tímida e insegura. A maneira como ela deixou que eu a seduzisse, como se entregou pra mim de corpo e alma em minha cama, como ela me fez sentir verdadeiramente em casa naquela noite. Tudo isso só fez com que eu me apaixonasse perdidamente por ela. Finalmente encontrei um lugar onde posso pertencer. Meu lugar é ao lado dela.

Quando ele terminou, chamou uma enfermeira que levou os tubinhos até o laboratório para que fosse analisado. Os resultados sairiam em uma hora e enquanto isso, ele iria esclarecer todas as nossas dúvidas. Demi perguntou de tudo e mais alguma coisa e o doutor foi explicando tudo direitinho. Fiquei sabendo coisas que nunca na vida me passaram pela cabeça. E o pior de tudo era que era tudo bem óbvio. Tudo bem, apenas algumas coisas eram óbvias, o resto você nem sonha. Eu também tirei minha dúvidas, mas antes que conseguisse tirar minha última dúvida, o resultado dos exames chegou.

Carter: É definitivo Demetria. Você está realmente grávida. De quase 1 mês. – Demi olhou pra mim e sorriu. Ela estava radiante. Assim como eu. – E está tudo bem com você. Agora vamos ver seu bebe.

Joe: Como assim ver? – era possível ver meu filho com apenas um mês de gestação??

Carter: Vou fazer um exame que nos vai permitir ver o vosso filho. Só não dá para ouvir o batimento cardíaco ainda. Mas na segunda consulta já iremos fazer isso.

Eu fiquei na mesma com a explicação dele. Eu estava boiando até ele começar a dar indicações a Demi. Ele colocou uma coisa parecida com um lençol, tapando até ao ventre dela, e pediu que ela levantasse o roupão até à barriga. Minha mão não largava a de Demi e ela apertava-a bem forte. O doutor começou a tocar em diversos lugares da barriga e ventre dela. Pressionava e não devia ser devagar, já que Demi se ressentia. Ele ia apertando e escrevendo algo em sua prancheta. Eu não estava gostando das mãos dele na minha Demi. Não estava gostando nada. Demi olhou pra mim e riu brevemente ao me ver de cara feia. Ela levou minha mão até ela e beijou, me fazendo sorrir. O doutor lá terminou de tocar minha Demi só pra tocar mais ainda. Ele pegou um aparelho e colocou um gel qualquer. Colocou o tal aparelho sobre a pele dela e uma imagem apareceu na tela do computador. Ele ficou vendo e mexendo o aparelho até finalmente falar.

Carter: Cá temos. Estão vendo isto aqui? – perguntou apontando para a tela. Tanto eu como Demi olhámos atentos. – É seu bebe.

Eu não conseguia explicar o que estava sentindo. Só sei que algo revirou dentro do meu estômago. Senti minha pele arrepiar ao olhar para a tela. Aquele pontinho pequenino era o meu filho. Meu filho! Meu! Senti meus olhos humedecerem que nem uma bicha. Mas eu estava pouco me importando. Era meu filho ali! Ele nunca esteve tão presente como naquele momento. Apertei mais a mão de Demi, mas não virei meu rosto para vê-la. Era meu filho ali. Eu ia ser pai. E tinha a mulher mais perfeita do mundo ao meu lado. Ela ia me dar um filho! Eu nunca me senti tão feliz em toda a minha vida.

Joe: É meu bebe! – eu sabia que devia estar agindo como um idiota. Eu sabia que devia estar sorrindo que nem um bobo idiota. Mas aquele estava sendo o melhor dia da minha vida. Era meu bebe ali. Era um fruto do meu amor e de Demi.

Carter: É sim papai. – papai. Eu ia ser papai!

Olhei para Demi e vi que ela estava chorando tanto quanto eu enquanto olhava a tela. Levei sua mão até meus lábios e a beijei demoradamente. Era me filho na tela.

Demi: É lindo. – falou pra mim com a voz entrecortada. Me aproximei dela e dei-lhe um selinho demorado. Ela sorriu e limpou minhas lágrimas.

Carter: Vocês têm um bebe muito saudável. Está tudo bem com ele e com a mãe. Não vejo qualquer anomalia. – falou sorrindo enquanto tirava o aparelho da barriga da minha Demi. – Mas tem uma coisa que você tem que saber Demetria. – a voz dele agora era mais séria e seu sorriso desapareceu para dar lugar a uma feição de preocupação.

Joe: O quê? Você disse que estava tudo bem com os dois. – eu já estava desesperado. O que a Demi tinha que saber? E porque ele estava com aquela cara?

Demi: Calma Joe. – afagou meu cabelo sorrindo. – Diga doutor.

Carter: Você tem dezassete anos. Seu útero é frágil. Seu corpo irá ter muitas transformações daqui pra frente. Seus seios vão aumentar, coisa que você já deve ter notado a esta altura, e não só. Seu corpo irá se adaptar à criança dentro de você aos poucos, mas você precisa de cuidados especiais. Você não precisa ficar na cama o dia todo, mas também não deve fazer esforços. Sua gravidez é uma gravidez de risco e não de grande risco. No momento tudo está bem e não há motivo algum para alarme, mas tem que continuar assim para ter uma gravidez saudável.

Demi: Isso quer dizer que eu posso perder meu filho a qualquer hora? – sua voz era assustada e eu estava mais assustado ainda.

Carter: Qualquer mulher grávida pode, mas você tem uma maior chance por estar grávida fora da idade normal. Por isso precisa de mais cuidados. Esses cuidados devem fazer parte da sua rotina daqui pra frente. Se fizer tudo direito não haverá motivos para preocupação e seu filho crescerá saudável. – ele tranquilizou Demi, mas eu ainda estava preocupado.

Joe: Ela está mesmo bem não é doutor? Ela e o bebe?

Carter: Estão ambos bem Joseph. Não precisa se alarmar desse jeito. – como não? É minha mulher e meu filho que estamos falando! Sério. Esse mundo acaba comigo! – Gravidez de risco nem sempre significa perigo. Se preferirem podemos dizer que é uma gravidez delicada. Se ela fizer tudo certo, não haverão problemas. Conto com você pra ajudá-la nessa parte.

Joe: Eu ajudo com tudo.

Demi: Que lindo. – minha linda é um amor mesmo. Eu queria o bem-estar dela. – Eu vou fazer tudo direitinho doutor. Meu bebe vai crescer forte e saudável.

Joe: Claro! O meninão do papai vai ser bem fortão. Pode escrever. – eu estava babando. Tenho a certeza. Mas eu tinha fé de que era um menino.

Carter: Veremos o sexo do bebe no terceiro mês de gestação. Isto se ele ou ela deixar. - sexo. Essa palavra fez-me lembrar da única dúvida que eu não tinha esclarecido. – Joseph, terá que cuidar de Demetria sim? Fazer de tudo pra que ela cumpra o trato e se comporte.

Joe: Com certeza. Essa menina não vai sair da minha asa por um longo longo tempo. Eu vou cuidar dela doutor.

Carter: Ótimo. – falou sorrindo. – Ah, tem uma coisa que é muito importante. No caso dela, é importante que não haja penetração vaginal.

Joe: O QUÊ????



Continua...

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