quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Um amor verdadeiro - Parte 1


14 de fevereiro de 1842

Bom dia, acabei de acordar com o sol invadindo a pequena janela do meu minusculo quarto. Me levantei, fiz minha higiene e fui preparar o café da manhã. Aqui em casa, não temos muita coisa, mas o suficiente para sobreviver.
Me chamo Demetria e tenho 19 anos, moro com a minha família em uma vila localizada nos arredores de Wimbledon, na Inglaterra. Sou serviçal de uma família rica, da alta sociedade, a tipica família que trata seus empregados como lixo. Se tenho opção? Não, não tenho, é lá que ganho o pouco ouro que ajuda a sustentar minha família.

Após terminar de servir o café, fui direto pra casa da família Jonas, chegando lá, coloquei meu uniforme e fui direto pra cozinha começar a preparar o café. Selena era a segunda serviçal da casa, e uma grande amiga minha, ficávamos horas batendo papo quando possível.
- Sabe Selena, eu to cansada de ser tratada como um lixo.
- Eu também.
- Se eu tivesse opção, partiria daqui junto com a minha família, a gente ganha tão pouco pra ser tratada assim, é difícil sabe.
- Eu te entendo amiga. Vem, parece que a megera já se levantou. - Ri ao ouvir seu comentário.
Servimos o café pra todo mundo e voltamos pra cozinha.
- Vejo como olha para aquele rapaz, filho dela, Nicolas. - Ela se surpreendeu ao ouvir oque eu dizia.
- Eu olho pra ele, como olho pra todo mundo. - Disse ela, tentando ser indiferente, enquanto descascava uma laranja.
- Não vem com essa, eu sei observar. Só tem que tomar cuidado pra horrorosa não descobrir que você tem um paixonite pelo filhinho dela. - Nesse momento ela me olhou e sorriu.
- Você não existe Demetria. - Ela ria
- Será que da pra parar com o falatório e fazer o serviço de vocês. - Denise, a megera da família Jonas, chegou falando alto.
- Sim senhora. - Dissemos as duas juntas.
Ela se virou e foi embora, mas parou a porta e se virou.
- Demetria, quero que vá até a mercearia e compre alguns legumes, esta frio, quero que faça uma sopa, e bem caprichada. Meu filho chega hoje de viajem e quero que tudo esteja perfeito ao seu retorno. - Ela se aproximou, e me entregou uma bolsinha marrom, que só poderia ser ouro para a compra. - Aqui, pegue, é ouro para a compra. Não se demore.
- Sim senhora. - Ela se virou e dessa vez saiu. - Selena, eu vou indo para a mercearia, volto logo. - Eu disse dando um beijo em sua bochecha.
- Ta bem, vai lá.
Fui até a mercearia e comprei tudo que a ridícula mandou. Estava tomando o caminho de volta a grande casa, quando um rapaz esbarra em mim. Xinguei ele mentalmente, pois ele me fez derrubar a saca de compras, fazendo tudo rolar pelo chão.
- Droga. - Abaixei e comecei a juntar tudo que havia caído.
- Desculpe, deixe me ajudar. - Ele se abaixou e me ajudou a pegar as compras.
- Obrigado. - Eu ainda estava de cabeça baixa, por isso não vi o rosto de quem me derrubou, mas quando olhei, vi um rapaz muito atraente, os olhos cor de mel me encaravam, então ele sorriu.
- Sinto muito por faze-la passar por isso. Sou Joseph. - Ele estendeu a mão.
- Demetria - Estendi minha mão e segurei a dele em um aperto. - Eu tenho que ir, prazer em conhece-lo.
- O prazer foi meu.
Sai rápido e continuei meu caminho pensando em Joseph, só o primeiro olhar mexeu comigo e me deixou boba. Voltei logo e mais a noite, preparei a sopa junto com Selena. Quando fui servi-la, me deparei com Joseph sentado a mesa, e logo percebi que ele era o filho tão esperado. Comecei a tremer, ele, ali, o filho dela.
- Sirva isso direito, garota inútil. - Denise começou com os insultos. - Ande logo, não vê que estamos com fome.
- Sim senhora.
Após alguns minutos esperando para ver se alguém iria comer mais, percebi que Joseph lançava olhares rápidos em minha direção. E não tocava em sua sopa.
- Não tocou na comida meu filho, prove, está uma delicia.
- Ah, é. - Ele provou. - Está muito boa mesmo. - Ele tomou mais uma colherada da sopa. - Eu não estou com muita fome. Vou para o meu quarto. - Disse isso, e saiu, virando somente para lançar um ultimo olhar em minha direção.

15 de fevereiro de 1842

Estava preparando o café da manhã, quando fui abordada por Joseph, na porta da cozinha.
- Olá.
- Bom dia, senhor. - Disse fazendo uma reverencia.
- Pra que tudo isso?
- São os costumes. - Ele se aproximava.
- Não precisa disso comigo.
- Claro que precisa senhor.
- Comigo não, e me chame de Joseph, apenas.
- Sim senhor...Jo-Joseph.
- Bem melhor. - Disse ele com um sorrisinho malicioso no rosto.
- O senhor... eh... Você precisa de algo?
- No momento não. - Ele se virou e saiu com um sorriso no rosto.
Não faz isso comigo Joseph, eu to boba demais, esse sorriso. Eu conheci ele ontem e parece que estou apaixonada, só espero que ele não tenha percebido, não posso me envolver, ele é o filho da patroa, não é pra mim.

15 de março de 1842

Depois desse dia, Joseph sempre ia me visitar na cozinha, ele é um bom rapaz, viramos amigos até, mas ele continua me lançando olhares maliciosos. Eu não posso me envolver, ele é o filho da patroa, é errado.
Selena, que era caidinha pelo irmão de Joseph, tinha tirado uns dias para cuidar de sua mãe, que estava doente, eu sempre ia visita-lá em casa e contar o que estava acontecendo.
Estava preparando o café e esperando Joseph, que vinha todos os dias, mas ele não apareceu nem para o café da manhã, estranhei, pois ele sempre vinha.
A horrorosa, mãe de Joseph, me mandou ir para casa, pois ela iria sair de viajem com o marido a negócios. Como esta claro, resolvi ir fazer uma visita a Selena, só que optei por ir pelo lado dos campos, que é bem bonito. Mas para o meu encanto, encontro Joseph andando por eles. Ele logo me viu e gritou.
- DEMETRIA - Eu sorri, enquanto ele vinha correndo e minha direção.
- Joseph. - Ele me abraçou. - O que faz aqui?
- Vim pra cá, queria um pouco de ar, pra refrescar a mente, sabe como é. - Ele sorriu. - E você oque faz tão cedo na rua?
- Sua mãe, ela me liberou mais cedo, foi viajar com seu pai.
- Verdade, tinha me esquecido, eu tava voltando pra casa, gostaria de me acompanhar? - Ele é tão cavalheiro, estendeu o braço e pegou minha mão. - Tive uma ideia.
- Que ideia?
- Aposto que você não ganha de mim. - Disse e saiu correndo e eu ao entender a ideia, corri atrás.
Chegamos na casa dele exaustos.
- Sabia que ia ganhar. - Disse ele meio que se gabando.
- Não valeu, você não me contou que pretendia apostar corrida.
- Admite que perdeu.
- Você roubou.
- Não roubei, eu ganhei. - Ele riu gostosamente e eu ri da risada dele.
- Idiota. - ele parou, e fez uma cara de sério. - Eu to brincando. - Levantei os braços, como se me rendesse.
- Eu sei.
Ele me puxou pela cintura e me beijou, foi completamente inesperado, pelo menos pra mim, eu correspondi e ele continuou, uma de suas mãos segurava o meu rosto. Ele separou o beijo e sorriu, eu? Fiquei chocada. Abri a boca para falar, mas não saia som algum, as palavras tinham fugido, era como se eu não soubesse falar.
- Vem comigo. - Disse ele me arrastando pelas mãos escada a cima.
- Pra onde?
- Só venha.
Joseph me levou até um quarto, soube que era dele assim que entrei, só pela decoração, era tudo a sua cara. Ele foi até a escrivaninha e abriu uma de suas gavetas, de lá tirou um pequeno caderno, que parecia usado e me entregou.
- É pra você.
- O que é?
- É pra você, leia e guarde, pra sempre se lembrar de mim.
- Obrigada. - Sorri
Ele retirou o pequeno livro-caderno de minhas mãos e o colocou na pequena mesa que havia em nosso lado e me puxou pra mais um beijo apaixonado, ele logo separou e sussurrou em meu ouvido um "eu te amo", estremeci dos pés a cabeça.
- Eu também te amo. - Ele sorriu
- Estive pensando - Disse ele me conduzindo até a cama e me sentando - Eu quero fugir com você!
- Fugir? Pra onde? Joseph, está louco?
- Pra qualquer lugar longe daqui.
- Mas e minha família.. Selena.. ? - Comecei a me preocupar.
- A gente conversa com eles, sei que vão entender.
- A s-sua mãe, ela, ela... não posso, e se ela descobrir?
- Não vai descobrir. E se descobrir não importa, já vamos estar muito longe.
Eu sorri. Joseph querendo fugir comigo? Sim. Isso é mais que um sonho.
- Mas por hoje, eu só quero você.
- E-eu? - gaguejei. Perguntei mesmo sabendo o que ele queria.
- Você Demetria, só você. - Disse ele me beijando.
Ele parou e esperou pela minha resposta. Eu apenas o beijei, o que ele entendeu como um sim. Joseph meu deitou na cama e parou, como se pedisse permissão para alguma coisa, eu apenas assenti e ele começou a retirar o meu vestido, ele parou e contemplou o meu corpo semi-nu. Eu sabia oque ia acontecer, mesmo ele sendo o filho dela, eu me deixei levar, não pude resistir, eu o amava.
- Você é perfeita. - Quando ele disse isso eu me senti corar.
Ele subiu em cima de mim, e voltou a me beijar, eu comecei a despi-lo até ele ficar apenas com roupas intimas. Senti nossos corpos colarem e ele fazendo carinhos em mim. A noite só estava começando...

Continua...


5 comentários:

  1. ahhhhhhhhhhh que tuddo amei posta logoooooooooooooooo

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  2. Oie, divulga meu blog? Eu acabei de criar ele.
    fics-inevitable.blogspot.com
    Dá uma olhada lá e se gostar segue?
    Beijos.

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  3. AAAAh finalmente o primeiro capitulo que eu tanto desejava e estava muito ansiosa !!
    ta perfeito agora fiquei curiosa para próxima rsrs
    posta logo

    Love U xo

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